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Doenças Cardíacas em Gatos

Os problemas cardíacos mais comuns são doenças no músculo do coração. Os gatos demonstram poucos sinais clínicos e a realização do exame de ecocardiograma pode detectar a doença em um estágio pré-clínico (antes de demonstrar sinais). Os principais sinais de doença cardíaca são dificuldade respiratória, cansaço, apatia, emagrecimento e/ou paralisia de membros.

Podem ser classificadas em cardiomiopatias primárias ou idiopáticas (não possuem etiologia conhecida), ou em secundárias (alterações decorrentes de anormalidades sistêmicas, metabólicas ou nutricionais). As cardiomiopatias primárias mais comuns são a cardiomiopatia hipertrófica e a cardiomiopatia restritiva, caracterizadas pela hipertrofia e fibrose do miocárdio, respectivamente.

Em felinos, a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia observada e é caracterizada por hipertrofia (aumento) ventricular esquerda, sem dilatação . É a principal cardiopatia causadora de mortalidade e morbidade em felinos. Apesar da causa da CMH ainda não ser totalmente conhecida, sabe-se que há envolvimento genético em muitos casos.

Em algumas famílias de gatos, a CMH (Cardiomiopatia Hipertrófica) é hereditária e transmitida de forma autossômica dominante, sendo de morfologia bastante similar à CMH em humanos . A raça de maior prevalência são os gatos Maine Coon, além dos gatos da raça Ragdoll, dentre outros.

A CMH (Cardiomiopatia Hipertrófica) é relatada mais frequentemente em gatos machos de meia idade, mas também pode ocorrer em animais jovens ou idosos. Gatos com alterações discretas podem permanecer assintomáticos por anos. As principais manifestações clínicas observadas incluem alterações respiratórias decorrentes do edema pulmonar, como taquipneia, ofegação, cansaço fácil e dispneia. Alterações agudas podem ser observadas em gatos sedentários.

O ecocardiograma é o melhor meio diagnóstico não invasivo para a diferenciação de CMH de outras cardiomiopatias. A ecocardiografia bidimensional permite observação de áreas de hipertrofia na parede ventricular, septo interventricular ou músculos papilares e pode auxiliar na caracterização de anormalidades funcionais de contração e relaxamento.

 

Texto escrito pela Médica Veterinarária Patologista Gabriela Fredo.

 

MEURS, K.M.; NORGARD, M.M.; EDERER, M.M.; HENDRIX, K.P.; KITTLESON, M.D. A substitution mutation in the myosin binding protein C gene in Ragdoll hypertrophic cardiomyopathy. Genomics, v.90, p.261-264, 2007.

KITTLESON, M.D.; MEURS, K.M.; MUNRO, M.J.; KITTLESON, J.A.; LIU, S.K.; PION, P.D.; TOWBIN, J.A. Familial hypertrophic cardiomyopathy in Maine Coon cats: an animal model of human disease. Circulation, v.99, p.3172-3180, 1999.

KITTLESON, M.D. The genetics of HCM- mutant cats. ACVIM Forum Veterinary Proceedings, p.120- 121, 2009 B.

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