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Dezembro Laranja Pet

As neoplasias cutâneas são as mais frequentemente encontradas nos animais domésticos. Associa-se esta informação ao fato de que a pele, além de ser o maior de todos os órgãos, ser constituída, juntamente com o tecido subcutâneo, por uma grande variedade de células suscetíveis ao desenvolvimento de neoplasias. A pele tem um alto índice de renovação celular, o que aumenta as probabilidades de ocorrência de mutações, e pode propiciar o aparecimento de tumores. Além disso, é um órgão que com frequência é diretamente exposto a condições potencialmente oncogénicas; um exemplo é a exposição aos raios solares, que pode agir como fator predisponente para neoplasias, sendo associado principalmente ao aparecimento de carcinoma de células escamosas. Além disso a exposição a químicos carcinogénicos, radiações ionizantes e vírus constituem um fator de risco para este sistema, assim com fatores hormonais e genéticos.

Em cães as raças com maior predisposição a estes tumores, são os Boxers, seguido dos cães sem raça definida, Bulldog e Labrador Retriever.  De um modo geral, as neoplasias cutâneas ocorrem em animais mais velhos, com média de  3,7 e 8,3 anos.  Dentre os tipos histológicos de maior ocorrências,  os mastocitomas representam a neoplasia mais comum em cães e a segunda mais comum em gatos. No cão, as neoplasias benignas de pele são duas vezes mais frequentes que as malignas, sendo o histiocitoma e o adenoma das glândulas sebáceas as mais comuns.

Os felinos também são frequentemente acometidos por neoplasias cutâneas. Na qual o Carcinoma de Células Escamosas é o mais frequente, quase que na sua maioria relacionado a gatos de pelagem branca com grande incidência solar.

DIAGNÓSTICO

Quanto ao diagnóstico para estas neoplasias, a biópsia seguida da análise histopatológica é a ferramenta padrão para a identificação e classificação tumoral. Hoje em dia com a constante evolução diagnósticam também pode se realizar testes auxiliares a histologia como, a análise pela Imunohistoqímica e PCR.

PREVENÇÃO

Não existe prevenção com total eficácia para o câncer de pele. Existem métodos que podem diminuir a chance do aparecimento, como: Não deixar o pet exposto várias horas ao sol sem o uso do protetor solar, não utilizar produtos químicos cancerígenos na limpeza de canis e proporcionar uma visita rotineira a um médico veterinário para a avaliação frequente da saúde do animal. É de suma importância a avaliação de um profissional habilitado, diante de qualquer anormalidade percebida na pele do cão. 

A informação existente neste conteúdo pretende apoiar e não substituir a consulta com um médico veterinário. Procure sempre uma avaliação com o médico veterinário de sua preferência.

 

Referências:

Murphy, S. (2006). Skin neoplasia in small animals. Common canine tumors. In Practice. 28:398-402.

Medleau, L.; Hnilica, K. A. (2003). Dermatologia de pequenos animais - Atlas colorido e guia terapêutico. São Paulo: Roca, pp. 353-398.Morris e Dobson, 2001).

Shearer, D.; Dobson, J. (2008). Aproximación a los nódulos y trayectos fistulosos. In Foster, A.P.; Foi,l C.S. Manual de dermatologia en pequeños animals y exótico, 2th Ed. . Barcelona, pp.76-86.

Vail, D.M.; Withrow, S.J. (2007). Tumors of the skin and subcutaneous tissues. In: Withrow, S.J.; Macewen, E.G. Small animal clinical oncology. 4. Ed., Missouri: Saunders, pp. 233-260.

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